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Cidadãos portugueses já tem balcões especiais no aeroporto de Luanda vs O poder angolano em Portugal

Os cidadãos portugueses que entram em Angola pelo aeroporto de Luanda dispõem de balcões especiais para os procedimentos de entrada, disse à Lusa o porta-voz do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME). Lusa, 2013-09-15 22:23:00

Mais uma vez, o recíproco interesse que Angola e Portugal, detêm entre si, ainda que por motivos diferenciados, deu novamente o seu semblante.

Esta medida, ainda de carácter provisório, deverá ficar concluída até ao final do corrente ano, quando o sistema RAPID (RECONHECIMENTO AUTOMÁTICO DE PASSAGEIROS IDENTIFICADOS DOCUMENTALMENTE) for instalado na capital angolana, como sucedeu desde Agosto em Lisboa.

O Sistema de Reconhecimento Automático de Passageiros Identificados Documentalmente (RAPID) é um sistema pioneiro que permite a fiscalização automática dos passageiros com passaporte electrónico.

Como afirma Simão Milagres “NUMA PRIMEIRA INSTÂNCIA ESTAMOS A FAZER O PROCESSO A NÍVEL DO AEROPORTO INTERNACIONAL […], ATRAVÉS DA SINALIZAÇÃO DE BALCÕES ESPECÍFICOS PARA PERMITIR O ESCOAMENTO EM TEMPO ÚTIL DE CIDADÃOS PORTUGUESES“.

O novo sistema foi inaugurado no passado dia 12 de Agosto no aeroporto da Portela, em Lisboa, numa cerimónia em que estiveram presentes os ministros da Administração Interna, de Portugal, Miguel Macedo, e do Interior, de Angola, Ângelo Veiga Tavares.

O sistema RAPID integra assim, um projecto-piloto desenvolvido pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), de Portugal, e o SME, com o objectivo de facilitar a circulação de cidadãos portugueses em Angola e angolanos em Portugal, em condições de segurança para os dois Estados.

Enquadrando-se no âmbito da reciprocidade entre Angola e Portugal, trata-se de uma gritante medida para uma tentativa de aproximação e desburocratização que os dois povos tanto cobiçam, visando eliminar as longas filas nos balcões dos Serviços de Migração e Estrangeiros, nos aeroportos dos dois países, ou assim não valesse “o investimento angolano em Portugal, cinco pontes Vasco da Gama”, ou o “pacote de cortes nas funções do Estado acordado com a troika até ao final de 2015”, ou por outras palavras, “2,6 mil milhões de euros nas empresas cotadas na Bolsa portuguesa”.

Margarida Asseiceira

ma@acfa.pt